Que o café é a segunda bebida mais consumida do mundo (perdendo apenas para água) já não é novidade pra ninguém. Mas que Tapira tem café de qualidade e certificado através do Programa Certifica Minas, talvez seja pra você. O produtor Luiz Carlos Lira, desde 2015, tem produzido café tipo arábica sequeiro certificado. São aproximadamente 12 mil pés e, em 2021, Luiz deve colher 170 sacas de produto de alta qualidade. Mas a produção deve aumentar: este ano ele plantou mais 5 mil pés.
A administração municipal, através da Secretaria de Agricultura, tem priorizado o setor do agronegócio, com inúmeros projetos e programas, além da manutenção das estradas vicinais para escoamento da produção. Devido a esses investimentos, Tapira tem se destacado como produtora de café, atraindo, inclusive, investidores de outros estados. Segundo a extensionista da EMATER em Tapira, Lilian Cristina Andrade de Araújo, são mais de 500 hectares de plantação e, aproximadamente, 12 produtores. “Nossa região propicia a produção, devido ao clima e relevo. Essas alternativas de adequação de produção sustentável são muito importantes, inclusive para a agricultura familiar. Nenhuma iniciativa da EMATER cumpre seu papel adequadamente se não estiver ao alcance do pequeno produtor”, afirma Lilian.
O sistema de certificação atinge um setor importante: a sustentabilidade. Mas não é só a questão ambiental. Além da gestão da propriedade, o produtor que certifica a produção cafeeira tem adequação de todo o processo, desde o plantio até a venda. “A certificação é um processo de normatização que depende muito do empenho do produtor, mas que beneficia a propriedade no geral. A sustentabilidade vai de social, econômica e ambiental, até a destinação das embalagens de produtos químicos, fiscalização e segurança do trabalhador rural, registro econômico e controle de custos”, ressaltou Roberto Carlos Mendes Filho, extensionista responsável pela certificação de cafés na regional de Uberaba.
O controle de qualidade é rígido, mas dá bons frutos, literalmente. Na região, alguns produtores conseguem lucro de até 100% em relação ao valor de mercado do café não certificado, e ainda têm preferência de venda para os países importadores. As vantagens não param por aí. Por se tratar de um procedimento minucioso, há ainda a possibilidade de rastreabilidade dos prazos de produção, desde a colheita, secagem, armazenagem e venda.
E o mais importante: não é difícil para o pequeno e médio produtor conseguir incluir a propriedade no programa. A EMATER-MG oferece todo o serviço de assistência técnica, orientação e auditoria, que acontece em parceria com o IMA, totalmente sem custos. Outros produtos, como queijo, frango caipira, orgânicos, cachaça e frutas também podem ser certificados. Para mais informações sobre este e outros programas, a EMATER em Tapira funciona no prédio da Secretaria de Agricultura. Devido ao período crítico de pandemia, os atendimentos remotos estão sendo priorizados, porém todos os produtores são atendidos da melhor forma dentro desta nova realidade. O contato pode ser feito através do telefone (34) 9 9197-3624, com a Lilian.
